Ontem, um comentário me fez pensar.
Aliás, nesta semana, em especial, tudo me faz pensar. Até agora, enquanto penso em como tentar explicar meus sentimentos mais emergentes, também penso no porquê disso.
Aliás, nesta semana, em especial, tudo me faz pensar. Até agora, enquanto penso em como tentar explicar meus sentimentos mais emergentes, também penso no porquê disso.
Mas pouco ou de nada adiantaria tal esquema aqui. Nesse espaço, sou quase que puramente meus sentimentos e sensações mais espontâneos e instantâneos, com potencial grande para a transfiguração. Metamorfosearia meus propósitos em vários momentos. Provavelmente...
Ou surpreenderia a mim mesma seguindo meu roteiro à risca. Mas até nisso haveria surpresa. E autonomia. Tal roteiro não se sucederia intencionalmente. Teria sido mera coincidência.
Motim de idéias alvoroçadas; tumulto de noções; juízos desalinhados. Caos especulativo. Ah! Assim ficou bonito! O caos é lindo! É a balbúrdia antes de se formar o mundo. O meu mundo de ideias. É a prévia da harmonia. E meus desígnios mais imediatos deliberam harmonia aos meus caprichos. Harmonizemos, então!
Fato é que a palavra, coincidência tem mexido comigo nesse dias, mais do que mexe comumente. Parei. Fui ao dicionário.
“Coincidência: s.f., Simultaneidade de dois acontecimentos; concordância; justaposição; identificação de duas ou mais coisas; acaso.”
Repeti: "Acaso..." Refleti: "Acaso?"
Como minha inquietude não se saciou, fui além. Voltei ao avô de Chico:
“Acaso: s.m., sucesso imprevisto; eventualidade; riscos; perigos”
Continuei, incontrolável:
“Concordância: s.f., acordo; conformidade; harmonia; consonância; identidade; coerência.”
E como humana primordial, fui imparcialmente oportunista e parcialmente íntegra. Escolhi as definições que mais facilmente me fariam chegar a um resultado favorável.
"Sucesso imprevisto" é a definição magistral para as concatenações que meus pensamentos articulam hoje. Para o roteiro aqui exposto; para as novas e agradáveis amizades; para as novas, agradáveis e improváveis amizades; para os reencontros esmerados; para aquele outro que pareciam inócuo. Todos, imprevisivelmente, muito bem sucedidos.
Tais processos só assim ocorreram porque foram alicerçados com a humildade que venceu minha vaidade fútil. A honestidade para aceitar minhas fraquezas e infinitas imperfeições. Humanidade para entender as fraquezas e imperfeições alheias. E coragem para sentir e publicar tamanha intimidade.
Pauta cumprida. Ficou quase redondinho, não fosse o sentimento de hesitação que teima em agitar convulsivamente minha engenhoca cerebral.
Por Elga Arantes, 2008.

3 comentários:
É muuuuuito libertador quando deixamos essa humildade transpor a vaidade. Por mais que não se tenha sucesso com o resultado final, o caminho, concluo eu, que é muto mais importante do que o resultado. Mto, mto bom.
bjs
Pois é minha querida, é tnao bom quando a gente percebe que carrega bagagem demais e que ela é totalmente desnecessária. Desde ontem descobri que o que era bonito ficou feio, o que era gostoso agora tem gosto amargo, o que era perfeito se tornou inútil. Estou mto feliz por isso de coração leve...
bjs
Tive que ler mais de uma vez e refletir muito sobre esse post.
Você está ficando cada vez melhor nessa arte de escrever...
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