quarta-feira, 27 de junho de 2012

"Quem não tem dinheiro é primo primeiro do cachorro"



Não sei bem onde tudo começou a dar errado desse jeito...Nunca foi tão tão tenso, tão difícil, tão sem esperanças, tão desesperador como agora.

São tempos estranhos! É estranho não haver plano B, caso tudo o mais dê errado. Ademais, já estou no "tudo o mais" e nunca ouvi falar no plano J, K ou Y. Existe?

Eu sempre tão singela na minha certeza quase velada de não me importar com dinheiro, tenho sido obrigada a rever minhas opiniões formadas ao longo dos anos. A gente não precisa de mais dinheiro, se, e somente se, tem o suficiente.

Tenho perdido o sono e com ele minha saúde e meu ânimo para planejar qualquer coisa a longo, médio ou curto prazo. A única coisa que tenho ganhado com essa situação tão repentina quanto inusitada é vergonha e mais cabelos brancos. Estes, pela preocupação e ansiedade; aquela, por atrasar compromissos, acreditando que tudo vai se arranjar, mais uma vez.

Por mais que eu corra, vejo todos olhando para trás, incentivando: "Vem...". E eu, que também por isso, olho sempre para frente, digo em alto e bom som: "Não se preocupem, podem ir, daqui a pouco alcanço vocês. Tudo vai dar certo!".

Não vai?



 *** Lembrei da musiquinha inventada por Vivian e cia, no carnaval de diamantina, há alguns anos. Ela perdeu quase tudo e o que sobrou, colocou numa sacola de plástico, daquelas de supermercado, e saiu cantando:

" Eu pedi o meu cartão,

o meu celular já era,

o meu dread foi embora,

eu vendo o corpo e a sacola.

É noventa real! (backing vocal)

O corpo e a sacola,

o corpo e a sacola...

É noventa real!"





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