sábado, 26 de julho de 2008

Se eu fosse uma cor, hoje, seria amarela.

Se eu fosse pão, já teria mofado.
Se eu fosse wisky, já seria “oito anos”, no mínimo.
Se eu fosse televisão, estaria falando às paredes.
Se eu fosse roupa, estaria fedendo a naftalina.
Se eu fosse um número, seria uma dízima periódica.
Se eu fosse esperta, seria um pouco menos boazinha, às vezes.
Se eu fosse planta, estaria sem clorofila.
Se eu fosse sábado à noite, frustraria quem “espera alguma coisa”.
Se eu fosse minha mãe, estaria numa boa.
Se eu fosse meu blog, cansado de trabalhar.
Se eu fosse queijo, seria gorgonzola.
Se eu fosse música, seria do “Biquíni Cavadão”.
Se eu fosse um dia, seria domingo.
Se eu fosse uma noite, sem lua.
Se eu fosse “Se eu fosse”, de saco cheio.
Se eu fosse um sorriso, aquele famoso.
Se eu fosse um fungo, estaria tudo certo.
Se eu fosse poeta, produzindo como nunca.
Se eu fosse desejo, teria sido.
Se eu fosse um bar, seria o “Normal”.
Se eu fosse você, não tentaria entender.

Mas como eu sou eu, vou estourar pipoca e assistir a um DVD.

Por Elga Arantes, 2008



2 comentários:

sblogonoff café disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
sblogonoff café disse...

Ah, se eu fosse outra,
Se a fossa acabasse
Se o ócio permitisse
que o sono se afastasse
se o osso fosse mais frágil
e feito o amor se quebrasse
quem é que iria chorar?
Se eu fosse feliz para sempre
Se eu fosse embora daqui
E fosse tateando cega, como poderia te ver?
Quem é que veria o fim
do filme no dvd?

Pipocas forever!