domingo, 25 de novembro de 2018

"Garçom, o de sempre!"


Vê qualquer poesia em alegar cansaço. E foi assim que se deleitou ao perceber a estafa emocional.

Masturbou sentimentos latentes para expor as lágrimas que lhe davam a sensação de libertação.

Quer mais madrugadas jogadas fora para exercitar a esperança de que jogará mais madrugadas fora sofrendo por alguém que não merece. Porque ninguém nunca merece. Mas ela merecia encher seu vazio. Tinha orgulho em ratificar sua teoria pueril de que era sempre melhor amar sem ser amada do que estar repleta de nada. 

Agora estava ali. No quarto escuro. TV em stand by, assim como ela. A música tinha uma letra de um lamento qualquer, como ela. A casa estava vazia, como ela. 

Implorava a insônia que outrora tanto temeu, porque, hoje, aceitaria qualquer companhia.

Sem fé, não sabia a quem pedir. Se virou e tentou até dormir. Pena não ser Geni.

Um comentário:

sblogonoff café disse...

Putz... Já tem mais de um ano e esse post aqui parece que veio de mãos dadas com o de cima.