quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Parágrafo único - inciso I, do artigo você.


Não é que eu não saiba. Eu sei jogar, jogo até bem. Só que não gosto. Não para isso. Não neste momento. Não estou a fim de gastar, à toa, minhas energias. Como você sabe, jogo é jogo e treino é treino. E eu preciso exercitar o ato de ter alguém por perto e você veio bem a calhar.

Desse tipo de ilusão até gosto. Uma espécie de quimera funcional. Beneficiamento de sensações, sabe como? Aprimorar para depois distribuir. Sonhar acordada que vou me apaixonar de novo, a essa altura da vida. Então, antes que eu me apegue de vez à ideia de estar sozinha, vou me apegando a esse laboratório que é você. Quero praticar o abstrato e preciso do concreto para idealizar. E só consigo me manter sã, nessa minha loucura, tendo alguém para entrar na camisa de força comigo.

Logo, dispa-se dessa ruga que anuvia seu semblante. Lindo, por sinal. E não... não se assuste ! Isso também não é uma declaração de amor. Portanto, ouse. Não precisa pisar em ovos comigo. Não tenha medo que aquela mensagem ridícula me faça cair de amores por você, de repente. Não viaje acreditando que qualquer viagem que façamos juntos seja a celebração de algum contrato social. Sei me colocar no meu lugar (que quero) e sei bem o lugar que quero que você desocupe, quando eu ocupar todo o espaço na vida de alguém.

Peguei você em consignação e como, no caso, ninguém usa ninguém, nos devolveremos quando acabar esse evento !

3 comentários:

sblogonoff café disse...

Rsrsrs!
E nesse riso em "rs" cabe um mundo de palavras em consideração ao que escreveu!

Elga Arantes disse...

Que saudade de vc, menina. Chega aqui... Vamos conversar mais.

Elga Arantes disse...

Que saudade de vc, menina. Chega aqui... Vamos conversar mais.