quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Valentia e maestria * - um encontro de almas.

Eram tempos difíceis para aquelas duas pessoas, quando se conheceram. Amores que se foram, tristezas que queriam ocupar em suas vidas o lugar daqueles  (des) afetos. Talvez essa fosse a identificação mais forte que tiveram, em princípio. Foram lentamente se descobrindo. Souberam da vida, trabalho, rotinas, prazeres. Conheceram um pouco do passado, expectativas, amigos... Também fizeram amigos em comum. Criaram uma espécie de terapia de grupo, sem propósitos específicos, naquele ambiente paralelo, da vida que chamamos real (?).

Começaram a falar em se conhecerem melhor, até que em um dia comum, decidiram concretizar seus intentos. Então, valente e desprendida, ela foi ao encontro de quem já lhe queria tão bem, mesmo em tão pouco tempo.

Os momentos em que puderam conviver de maneira mais próxima foram bem curtos e nem por isso pouco importantes. E foi por essa relevância que, ao sonhar com ela por duas noites seguidas, resolveu entrar em contato. Assim, de maneira despretensiosa, para saber das novidades, saber se estava tudo bem e aproveitar para reafirmar a importância dela em sua vida sempre, desde aquela época tão complicada em sua trajetória. Queria homenageá-la, de alguma forma, falar da força que via nela, no seu poder de resiliência perante ao que tinha passado, exaltar sua beleza de traços tão delicados, gravados por linhas e cores que registravam, de maneira nem tão metafórica, as coisas que lhe eram marcantes, caras, definitivas ou não.

A vida daqueles dois seres mudou por demais, desde o ano em que se conheceram. Encontraram novos amores e têm construído com eles uma nova história. Têm novos planos, muitos desejos e um orgulho imenso de terem construído uma relação tão forte, apesar de inusitada.

Hoje em dia, quase não se falam, além do mínimo para duas pessoas que se gostam tanto. Como não são hipócritas, não negam saberem que a distância é sim um entrave para a concretização de um convívio frequente, mas sabem da enorme vontade de se darem uma abraço carinhoso e sincero, de quem tem a certeza do sentimento recíproco.

Ouvindo um programa de rádio, desses idiotas que a gente nega gostar, para não afetar os brios, mas não deixa de ouvir, riu de uma "cantada" que o apresentador simulou falar com uma mulher. Achou que a graça cabia no texto endereçado à amiga que vive longe: "Você repousa em São Paulo, mas mora é no meu coração. Não esqueço você, amiga querida"

               
 



*Valentina, menina guerreira; Karen Mastria, moça corajosa (das mais).



Um comentário:

Karen disse...

Coração,

Tô em prantos aqui. Eu te amo sabia? Você é uma das melhores coisas que me aconteceu naquele tempo tão árido e doloroso.
<3

Ainda bem que a gente tem a vida toda para conseguirmos nos encontrar. E pode apostar que volto.
Sinto falta das conversas, sinto falta de mim naqueles dias também.

Vou mandar notícias, tenho muitas.