terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dedo na garganta: para regurgitar pelejas


Sempre acreditei que escrever me era um lazer, um gosto, apenas.

De férias do mundo que cri real, não escrevi uma linha que fosse. Pensei que pelas várias opções de lazer que me foram dispostas. Escrever ficara de lado, imaginei, por ter 'mais o que fazer' mais atrativos.

Até que ontem, ainda de férias, e sentindo terríveis dores de ouvido, na aorta (?) e nos meus brios, e já  tão sem brilho, senti uma precisão enorme de registrar e organizar sistematicamente em palavras grafadas o que me incomodava de forma desmedida.

O caminho, desde então, pareceu-me menos árduo, o fim do túnel mais curto e óbvio. Acho que enxerguei um pontinho de luz no túnel daquele final que me incomodava tanto.

Escrever me é visceral e sintomático. Assim como a náusea, também pra mim. Como quem quer colocar pra fora, tirar de dentro de si o que lhe tem feito mal.Escrever, por assim dizer, é vomitar minhas próprias vísceras... principalmente aquelas em que a dor escolheu para se representar.

Por Elga Arantes, 2011.

6 comentários:

Elga Arantes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elga Arantes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
sblogonoff café disse...

Nesse caso, quem te lê seria tipo o que?

Um urubu?

Uma hiena?

sblogonoff café disse...

Tava brincando!

Entendi o que disse.

"Viver é foda.
Morrer é difícil.
Escrever é uma necessidade.
Vamos fazer um post!"

Anônimo disse...

"Escrever me é visceral e sintomático". Como seria diferente, não? Gostei do que vi por aqui e voltarei, Elga.
By the way, adoro Minas, onde vivi por 6 anos...
Se tiver um tempinho, visite-me: www.cwanascimento.blogsplot.com

Beijo procê!

Clístenes

Daniel Savio disse...

Talvez tivesse optado por não escrever porque ainda não era hora do post se apresentar ao mundo...

Mas uuma hora e sai.

Fique com Deus, menina Elga Arantes.
Um abraço.