Lá, descobri que os monstros eram dragões.
Exalavam fogo e emanavam calor.
O lugar estava, realmente, quente.
Tinha quem fingia não querer, e queria não fingir.
Tinha quem não queria estar ali, depois não queria partir.
Tinha um com outro e outro com um, como deveria ser.
Tinha um com outro e outro com um, mas poderia ter sido diferente.
Tinha um grupo fiel, o grupo que sempre será, o grupo que é unidade.
Tinha alguém que queria outro alguém, mas o outro alguém não decidia se o queria.
Tinha mulher disfarçada de menina querendo conquistar o menino disfarçado de homem maduro.
Tinha o homem que tinham muitas, mas não era de ninguém, e mulher que não tinha ninguém e era de todo mundo.
Tinha um apaixonado nutrindo esperanças por ela, e ela, esperançosa, nutrindo a paixão pela vida.
Tinha ela, o irmão dela, a tia dela, a cunhada dela, os amigos dela e ele que não era mais dela.
Tinha a mãe dela e a mãe da mãe dela. Aquela era estrela, radiava alegria. Esta era o sol, incandescente, a tudo iluminando como o centro daquela galáxia.
Por Elga Arantes, 2008.
*Feliz aniversário leonina que cospe fogo.
4 comentários:
Tudo verdade...
É, a noite foi assim...
A nossa verdade, nossa amizade.
Te amo muito.
Sempre.
Retrato da vida. João, que amava Maria que amava José que amava Ana que não amava ninguém...
Vida, vida, vida...nua e crue mas não cruel, alé´m das aparências.
bjs
Que música é essa?
É melhor se queimar do que viver na solidão!!!!!!
Achei, por acaso.
Achei sua cara.
Achei linda.
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