quarta-feira, 16 de julho de 2008

Lado Dois: Zovirax e Ziriguidum


O gloss já estava perdendo espaço na concorrência desleal com a manteiga-de-cacau em dias e noites gelados. Agora, o páreo era entre o cacau e Zovirax.

Quando ela vem em dias de inverno é sempre pior. Sua presença recorrente já não é surpresa para mim. Sua versão nervosa vem como conseqüência de conflitos íntimos, ansiedade gerada por expectativas profissionais, dúvidas éticas e morais e uma baita indefinição sentimental.

A UTOPICA OPÇÃO de CARTOLA pelo ZIRIGUIDUM, seria a (over) dose ideal para atacar implacavelmente o inimigo microscópico. Se eu já não tivesse compromisso previamente agendado para o final-de-semana. O samba será outro...

Ela coça o dia todo que é para não me deixar esquecer, nem por um momento, que os motivos que a fizeram visitar-me precisam ser atacados. E para esses, não basta Zovirax. Precisaria de muito mais “ziriguidum”. O restante dos lábios irritados e ardidos pelo frio, poderia ser a punição pelo acúmulo de pendências não solucionadas.

Para piorar a situação, a tal Herpes Zortex não tem só nome de personagem importante, não. É vírus déspota. A possibilidade de trocar bactérias numa terapia relaxante se torna, então, nula.

O que me resta é conformar-me e aguardar os tais sete dias de sua presença, não bem-vinda, acompanhada de Zovirax (ou melhor, seu genérico, Aciclovir) e ziriguidum (o outro, também genérico, que não é nome próprio e tem sentido figurado).

Pomadinha cara, essa Zovirax!

Por Elga Arantes, 2008.

Um comentário:

Patrícia Ferraz disse...

O Lado Dois não me fez muito bem hj. Porque me lembrou que só me falta a herpes para completar o quadro. Nervos nas alturas! Oh, God!
E sabe que quando a gente pensa, é batata, né!?
Minha boca até coça... rs